A Promecel, empresa metalomecânica de Braga, está a investir 2,5 milhões de euros numa nova linha de produção dedicada a componentes óticos para o setor da defesa. O investimento, que visa responder às exigências de um novo cliente sueco, poderá catapultar a faturação da empresa dos 11 milhões de euros previstos para 2025 até aos 15 milhões no espaço de dois anos, avança o jornal Eco.
Fundada em maio de 1985, a Promecel celebra em 2025 quatro décadas de atividade e tem vindo a reforçar a sua presença em mercados de elevado valor acrescentado. A nova unidade de produção — já instalada no Parque Industrial de Adaúfe — permitirá fabricar peças óticas utilizadas em equipamentos militares, nomeadamente miras, reforçando a posição da empresa no segmento da defesa, onde atua desde 2021.
“Estamos a produzir amostras com um cliente para começar uma produção já a partir de setembro”, explicou ao Eco José Manuel Silva, diretor-geral da Promecel. Com este novo projeto, a Suécia poderá tornar-se o principal mercado da empresa, representando entre 35 a 40% da faturação, superando a atual liderança da França, que hoje responde por cerca de 40%.
Apesar de uma quebra de faturação em 2024 — de 11 para oito milhões de euros — a Promecel espera recuperar este ano e retomar a trajetória de crescimento, atingindo 13 milhões em 2026 e 15 milhões em 2027. A aposta na diversificação de setores e na produção de componentes de elevado valor tecnológico está no centro da estratégia da empresa minhota.
A partir de julho, outro projeto importante entra em marcha. Trata-se de uma parceria com um cliente europeu que pretende produzir, em solo europeu, componentes para sistemas de combate a drones. A Promecel será responsável pela fabricação de parte desses sistemas, revelou o CEO ao Eco, à margem de uma visita institucional integrada nas Semanas da Economia, organizadas pela InvestBraga e pela Câmara Municipal de Braga.
Com um portefólio diversificado — da maquinagem à fundição, da estampagem à galvanoplastia —, a empresa exporta 95% da produção e emprega atualmente 116 colaboradores. A sua carteira de produtos abrange setores tão distintos como a náutica, a relojoaria de luxo, a indústria de bicicletas ou a produção de parques infantis.
Apesar de dispor de terreno para expandir a atual fábrica de 6.000 m², a prioridade da Promecel está centrada na aquisição de equipamentos que aumentem a produtividade. “Como estamos num ramo de maior valor acrescentado, sentimos menos os efeitos do abrandamento económico”, concluiu José Manuel Silva ao Eco.
Este novo ciclo de investimento reforça a posição da Promecel como um dos principais players nacionais com capacidade instalada e certificações específicas para servir o setor da defesa, tanto em Portugal como no estrangeiro.
Fonte: Eco.
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