McLaren aposta no fabrico aditivo para aumentar o desempenho dos seus novos supercarros

Em julho deste ano, a McLaren Automotive e a Divergent estabeleceram um acordo para promover o fabrico aditivo na indústria automóvel. Entretanto, o fabricante inglês de supercarros anunciou o lançamento do McLaren W1, o primeiro veículo a integrar peças em titânio impressas em 3D com a inovadora tecnologia DAPS da Divergent, que recorre à IA para otimizar todo o processo de desenho e fabrico.

Depois da Bugatti, Aston Martin e Mercedes-AMG, chegou a vez da McLaren Automotive utilizar a tecnologia da empresa americana Divergent Technologies para reduzir o peso de componentes e aumentar o desempenho dos veículos, a sustentabilidade e a eficiência da produção.

A abordagem única da Divergent ao design e fabrico de estruturas complexas vai permitir ao fabricante de carros desportivos integrar designs novos e mais complexos na arquitetura dos seus veículos, ao mesmo tempo que alcança uma maior eficiência de fabrico e apoia uma cadeia de fornecimento mais sustentável.

Numa primeira fase, a McLaren Automotive está a utilizar o Sistema de Produção Adaptativa Divergente (Divergent Adaptive Production System, ou DAPS, na sigla em inglês) para fabricar aditivamente componentes de chassis para a sua nova geração de hipercarros, permitindo-lhe reduzir ainda mais o peso e melhorar o desempenho dinâmico, áreas fundamentais do ADN da empresa.

Anunciado no início de outubro, o novo McLaren W1 é o primeiro veículo da marca a incorporar componentes de titânio impressos em 3D utilizados no sistema de suspensão do carro, tais como os amortecedores dianteiros e os braços da suspensão. De acordo com a empresa, estas peças, concebidas e produzidas com recurso ao fabrico aditivo, contribuem de forma decisiva para a excecional capacidade de manobra e dinâmica do W1.

“Estamos muito satisfeitos por trabalhar com a Divergent que, tal como a McLaren, demonstrou o seu compromisso com a inovação no fabrico e na engenharia. Esta tecnologia ajudar-nos-á a reduzir ainda mais o peso das nossas estruturas complexas, beneficiando, em última análise, a experiência de condução dos nossos clientes e apoiando a missão da McLaren de ultrapassar os limites do desempenho”, afirmou Michael Leiters, diretor executivo da McLaren Automotive, aquando do anúncio do acordo entre as duas empresas.

A plataforma DAPS (Divergent Adaptive Production System), desenvolvida pela Divergent Technologies, combina hardware e software, numa abordagem inovadora para criar estruturas de veículos altamente complexas e otimizadas. Utilizando uma metodologia baseada em inteligência artificial, a DAPS concebe e constrói componentes leves e eficientes, transformando radicalmente a economia de produção automóvel.

Este sistema automatizado é capaz de projetar, fabricar através de impressão 3D e montar componentes de veículos de forma totalmente integrada, a partir de requisitos digitais. A flexibilidade do sistema permite alternar entre diferentes modelos, adaptando-se rapidamente às necessidades da produção.

Sediada na Califórnia, a Divergent Technologies tem a sua própria marca de supercarros, denominada Czinger, utilizada pela empresa para aperfeiçoar internamente a sua abordagem ao design e fabrico aditivo de estruturas complexas.