A Renishaw contribuiu com a sua experiência em fabricação aditiva para a produção da nova bicicleta de pista da equipa de ciclismo da Grã-Bretanha (GBCT), que ganhou sete medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio. A HB.T supera as versões anteriores com uma construção mais leve, que reduz a resistência aerodinâmica e aumenta a velocidade.
A Lotus Engineering, criadora das icónicas bicicletas 108 e 110, utilizadas nos anos 90 pelo campeão olímpico Chris Boardman, colaborou com o fabricante de componentes de ciclismo Hope Technology para construir a HB.T. O principal objetivo de ambas as empresas era melhorar a velocidade da bicicleta para aumentar o desempenho da British Cycling Team.
No início de 2019, a Federação Britânica de Ciclismo (British Cycling) convidou a Renishaw a juntar-se à equipa de desenvolvimento dada a sua experiência em impressão 3D. A ideia inicial era a de que, com esta tecnologia, seria possível fabricar componentes metálicos mais complexos e leves do que utilizando métodos de fabrico tradicionais.
Numa primeira fase, a Renishaw fabricou as peças protótipo de metal e plástico necessárias para a realização de testes aerodinâmicos e para a confirmação da leveza, correta geometria e robustez das mesmas. Após a prova de conceito, a empresa fabricou as peças de alumínio e titânio nos sistemas de FA RenAM 500Q, incluindo o guiador, com peças feitas à medida para cada atleta. Desta forma, a bicicleta foi construída e testada a tempo da fase de prólogo do Campeonato do Mundo de Ciclismo em Pista Tissot UCI 2019/2020. realizado em Minsk, Bielorrússia, em novembro de 2019.
“As normas da UIC (União Internacional de Ciclismo) permitiram que esta inovadora bicicleta se tornasse realidade, contudo, o principal desafio foi fazê-la suficientemente leve para a competição olímpica, pelo que a chave do sucesso consistiu em otimizar a relação força/peso”, explica Ben Collins, engenheiro de design e desenvolvimento do Grupo de Fabricação Aditiva da Renishaw, que esteve envolvido no projeto.
“O apoio da Renishaw, com os seus conhecimentos de fabricação aditiva, foi impressionante e contribuiu para as medalhas de ouro olímpicas que a Grã-Bretanha trouxe de Tóquio”, continua Collins. "A equipa ganhou três medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze, o que é uma grande conquista para os ciclistas e uma excelente montra para os benefícios do fabrico aditivo".
Em Tóquio 2020, as bicicletas HB.T fizeram a história olímpica britânica. Laura Kenny é agora a maior campeã olímpica britânica de todos os tempos, tendo ganho uma medalha de ouro em Madison com Katie Archibald e uma medalha de prata com a equipa de perseguição feminina. Jason Kenny tornou-se também o maior campeão olímpico britânico de todos os tempos, ganhando uma medalha de ouro no contrarrelógio e uma medalha de prata com a equipa de sprint masculino.
Tony Purnell, chefe de tecnologia da British Cycling, disse: "Quando se aceitam novos desafios, é preciso ultrapassar muitas dificuldades, e é aqui que a Renishaw tem sido uma grande ajuda. A equipa da Renishaw trabalhou a uma velocidade vertiginosa para alcançar a perfeição. Até agora, podíamos levar meses desde a conceção de uma peça até ao seu transporte para o banco de ensaios ou para o velódromo, agora tudo acontece em poucas semanas.
O vídeo abaixo mostra as várias fases de participação da Renishaw no desenvolvimento da bicicleta HB.T.
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