Um novo estudo da Universal Robots revela um otimismo crescente na indústria europeia: nove em cada 10 empresas esperam que os seus trabalhadores colaborem com robôs na próxima década, e a maioria acredita que a automação criará mais empregos do que os que eliminará.
A automação industrial está a transformar-se num dos principais motores de crescimento da economia europeia. Segundo o novo “Relatório sobre o Estado da Automação Industrial 2025”, realizado pela Universal Robots, nove em cada dez empresas em processo de automação preveem que parte da sua força de trabalho colabore diretamente com robôs colaborativos (cobots) na próxima década. O estudo revela ainda um forte otimismo em relação ao impacto da robótica na produtividade e no emprego.
O relatório, que abrange oito países europeus — incluindo Espanha e Portugal —, mostra que 84% dos profissionais consideram que os trabalhadores têm uma atitude positiva face à introdução de robôs nas fábricas. Apenas 3% manifestam resistência à automação, o que demonstra uma mudança de mentalidade profunda: a robótica deixou de ser vista como uma ameaça para se tornar sinónimo de inovação e oportunidade.
Cobots: aliados da produtividade
Entre as empresas que já iniciaram processos de automação, 93% esperam que, até 2035, pelo menos 10% dos seus colaboradores trabalhem com cobots. Quase metade (47%) acredita que uma em cada quatro pessoas na sua organização terá esta interação direta.
Robôs que criam emprego
Ao contrário do receio tradicional de perda de postos de trabalho, o estudo mostra que a maioria dos inquiridos acredita no potencial gerador de emprego da automação. Mais de metade dos europeus afirmam que os robôs criarão mais empregos do que eliminarão até 2030. Apenas 22% discordam.
Segundo o relatório, este otimismo deve-se à evolução das funções humanas, que passam a centrar-se em tarefas de supervisão, programação e manutenção, deixando para os cobots as operações repetitivas ou fisicamente exigentes.
Solução para a escassez de mão de obra
Num contexto de envelhecimento populacional e falta de trabalhadores qualificados, 91% das empresas acreditam que os robôs colaborativos podem reduzir a escassez de mão de obra em pelo menos 10%. Quase metade espera uma redução de 25% ou mais. A automação é vista como fator de estabilidade e resiliência operacional, permitindo às empresas responder a desafios demográficos e manter a competitividade.
Produtividade é a principal motivação
A melhoria da produtividade surge como o principal motor de investimento em automação: 68% das empresas colocam este objetivo no topo das suas prioridades. E os resultados já se fazem sentir:
“A automação é já uma prioridade, não uma meta distante”
“O setor industrial europeu vive uma grande transformação. As empresas enfrentam desafios como a instabilidade geopolítica, a inflação e a escassez de mão de obra. A automação deixou de ser um objetivo a longo prazo para se tornar uma prioridade imediata”, afirma Jordi Pelegrí, country manager da Universal Robots para Espanha e Portugal.
“Os cobots estão a impulsionar uma transformação profunda nas operações industriais, não apenas pela eficiência, mas também pela sua capacidade de integrar o fator humano num modelo produtivo mais inteligente, flexível e sustentável”.
Com base neste relatório, a automação colaborativa confirma-se como um pilar essencial para o futuro industrial da Europa, combinando tecnologia, produtividade e adaptação humana — um equilíbrio decisivo para garantir a competitividade global da indústria europeia.
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