BM27 - InterMETAL

ESPECIALISTA EM... necessidades específicas e garantir um acompanhamento pós-venda eficaz — algo que, muitas vezes, não acontece com fornecedores de outras regiões do globo. Em mercados onde a confiança e a assistência são determinantes, esta abordagem é uma clara vantagem competitiva. Como a inovação tecnológica, nomeadamente a digitalização, a automação e a integração da indústria 4.0, está a ajudar as empresas portuguesas a abrir portas em novos mercados? A inovação tecnológica tem sido um dos pilares da competitividade do setor. A digitalização e as ferramentas de simulação permitem reduzir tempos de desenvolvimento, assegurar maior previsibilidade e oferecer aos clientes soluções rápidas e fiáveis. Por outro lado, a automação e a integração de processos aumentam a produtividade e eficiência, reduzindo a margem de erro e garantindo padrões de qualidade muito exigentes. Em paralelo, a adoção de novas soluções como a monitorização de dados em tempo real ou a manutenção preditiva, abrem espaço para novos modelos de negócio, onde será possível não vender apenas o molde, mas um serviço integrado de suporte e acompanhamento. Estes fatores são decisivos na conquista de novos mercados, sobretudo junto de clientes que valorizam eficiência, inovação e garantia de desempenho. A atual conjuntura geopolítica e económica (guerra na Ucrânia, tensões comerciais EUA-China, aumento de custos energéticos) está a condicionar ou a acelerar a procura de novos destinos? A conjuntura internacional tem-se refletido de forma muito significativa na atividade da indústria portuguesa Quais são, neste momento, os principais mercados internacionais onde a indústria portuguesa de moldes está a procurar afirmar-se para além da Europa tradicional? A indústria portuguesa de moldes tem diversificado a sua presença internacional, procurando novas oportunidades para além do espaço europeu, que continua a ser o principal destino da sua produção. Em 2024, registaram-se exportações para 85 mercados distintos. Fora da Europa, os Estados Unidos e o México assumem-se como mercados prioritários e de maior relevância, não apenas pela dimensão da indústria transformadora local, mas também pela valorização e procura de fornecedores de moldes de elevada complexidade e precisão. Como mercados emergentes nas nossas exportações no último ano, salientamos ainda o papel de Marrocos como destino do setor. O que distingue a oferta portuguesa de moldes nos mercados emergentes face à concorrência de países como a China e a Turquia? Apesar do preço apresentar, atualmente, uma grande preponderância como fator de decisão de compra, Portugal tem tentado diferenciar-se pela oferta de soluções integradas e de valor acrescentado, distinguindo-se pela elevada qualidade técnica e know-how, pela capacidade de desenvolver soluções complexas e de oferecer um serviço próximo e personalizado. Os moldes portugueses são reconhecidos pela precisão e fiabilidade, fatores críticos em setores tão exigentes como o automóvel, médico ou o da defesa e segurança, apenas para citar alguns. Acresce a isto a flexibilidade das nossas empresas, capazes de se adaptar rapidamente a Novos mercados Manuel Oliveira Secretário-geral da Associação Nacional da Indústria de Moldes (Cefamol) Alexandra Costa 36

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