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ENTREVISTA 18 “A indústria portuguesa de bicicletas está no topo da indústria europeia e mundial das duas rodas” Portugal ocupa, desde 2019, o primeiro lugar do pódio da indústria europeia de bicicletas. Em 2022, o setor das duas rodas ultrapassou mesmo a meta dos 800 milhões de euros de vendas ao exterior, commais de três milhões de unidades produzidas. Nesta conversa com o secretário geral da Abimota, percebemos que os resultados alcançados se devem à elevada qualidade das bicicletas nacionais. Gil Nadais garante, no entanto, que a intenção do setor é ir ainda mais longe, desenvolvendo novos materiais e processos de fabrico, no âmbito da Agenda Mobilizadora AM2R. Começo por lhe pedir que nos conte um pouco da história e atividade atual da Abimota. A Abimota nasceu em 1975, ligada aos industriais do setor das duas rodas. Mais tarde, nos anos 80, passou também a representar os setores das ferragens e do mobiliário metálico. Mas a Abimota é uma associação um pouco diferente das outras: para além dos serviços que presta aos associados – formação, apoio jurídico, entre outros -, tem também um laboratório de testes de conformidade e de desenvolvimento de produto, essencialmente dedicado às duas rodas. Trata-se, aliás, do único laboratório da Península Ibérica a fazer certificação de bicicletas. Além disso, realizamos anualmente um grande prémio de ciclismo, que este ano celebra a sua 43ª edição. No vosso laboratório, testam apenas componentes ou também as bicicletas já montadas? Antes de chegar ao mercado, uma bicicleta tem de passar por mais de 100 testes diferentes, que garantem a seguGil Nadais ocupa o cargo de secretário geral da Abimota deste 2018. GIL NADAIS, SECRETÁRIO GERAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INDÚSTRIAS DE DUAS RODAS (ABIMOTA) Luísa Santos

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