BM12 - InterMETAL

MEDIÇÃO E CONTROLO 46 digitalização tem um grande potencial nas aplicações industriais [17] já que são digitalizações muito rápidas, alcançando velocidades de inspeção entre um e cinco minutos por peça. DESAFIOS E TENDÊNCIAS DA TOMOGRAFIACOMPUTORIZADA Apesar de estarmos no caminho certo, ainda existem vários desafios a superar para alcançarmos o fabrico com zero defeitos. No entanto, da mesma forma que foi apresentado neste artigo, a tomografia computorizada de raios X pode ser uma resposta à inspeção de características inacessíveis e à aquisição holística dos dados que descrevem a geometria das peças. As tecnologias de medição por contacto que ainda são utilizadas na inspeção de peças industriais requerem medições adicionais para cada caraterística a inspecionar. Para alémdisso, algumas das características nemsequer podemser adquiridas com uma incerteza adequada, como por exemplo, as características de montagem. Na figura 14 são apresentadas as principais vantagens e desvantagens da tomografia computorizada como método de inspeção no contexto da metrologia 4.0. Tal e qual como indicado, um dos principais desafios é ampliar o conhecimento e reduzir a influência das fontes de erro do processo de tomografia. Na figura 15 é possível visualizar as fontes de erro que contribuem tanto no processo de medição como na análise dos dados da TC para as medições dimensionais [13]. Por tudo isto, apesar dos recentes esforços de normalização, até à data não existem normas internacionais que proporcionem procedimentos e diretrizes completos para a verificação do rendimento da metrologia dimensional dos sistemas de TC. Para além disso, para determinar a incerteza da medição do processo de tomografia, a regulamentação que recolhe os procedimentos de medição deverá refletir a utilização real do instrumento de medição e incluir procedimentos de teste que sejam sensíveis a todas as fontes de erro já mencionadas na figura 16, algo ainda inexistente. Por agora, o único documento de referência com procedimentos para a estimativa de incerteza das medições TC é a diretriz 2630-1.3 publicada pela associação de engenheiros alemães VDI/VDE em 2011 [18]. No entanto, os procedimentos descritos nas diretivas VDI/VDE não são exaustivos. Portanto, os esforços por criar normas internacionais para os ensaios de aceitação da metrologia dimensional de TC têm-se intensificado recentemente, o que deu lugar a novas ideias de ensaio que estavam a ser debatidas na atualidade em diferentes comités científicos em todo o mundo. Atualmente, existe um documento rascunho que está a ser debatido a nível de normalização internacional pelo grupo de trabalho TC do comité técnico 213, do grupo de trabalho (WG) 10 da ISO. Este grupo é responsável por criar normas internacionais (série ISO 10360) para os ensaios de aceitação dos sistemas de medição por coordenadas. Na seguinte figura 16 são apresentadas as entidades que se prevê que vão avançar nos trabalhos mais importantes para a aceitação da tomografia como a ferramenta do futuro da metrologia 4.0 [19]. O Centro de Fabrico Avançado em Aeronáutica (UPV/EHU) tematualmente 2 linhas de investigação abertas no campo da inspeção por tomografia computadorizada. Estão a ser desenvolvidos procedimentos rastreáveis de Figura 14. Principais vantagens e desvantagens da tomografia computorizada. Figura 15. Principais fatores que influenciam na incerteza das medições de TC agrupados em cinco categorias principais.

RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx