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56 DIGITALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA A PoC é apenas a ponta do iceberg A introdução da Inteligência Artificial na produção falha frequentemente durante a transição da prova de conceito para a fase operacional normal. Isto só pode ser evitado com uma abordagem holística que tenha em conta todo o espetro de dependências comerciais, técnicas e organizacionais. Matthias Roese, diretor de contas global, Hewlett Packard Enterprise Considere o exemplo concreto de uma empresa matalomecânica cujos processos são altamente automatizados. Um sistema de armazém entrega o material pedido, por exemplo, uma chapa metálica. Os sistemas de transporte entregam-no diretamente às máquinas de corte, puncionadeiras, prensas e sistemas de soldadura. Após cada etapa deste processo, é efetuado um controlo de qualidade. No entanto, esta automatização baseada em regras está a tornar- -se cada vez mais um problema. Nos últimos anos, os tamanhos dos lotes na metalomecânica que estamos a usar como exemplo tornaram-se cada vez mais pequenos, devido a mudanças na procura dos clientes e, mais recentemente, devido a congestionamentos nas entregas. Cada nova peça a ser fabricada requer uma nova rodagem da linha de produção, e os parâmetros devem ser determinados e testados para cada etapa individual do processo. Este esforço anula as melhorias de produtividade da automatização e a eficácia global do equipamento (OEE) diminui. Os fundadores do conceito Indústria 4.0 tinham emmente cenários como este quando definiram o princípio orientador de sistemas de fabrico autónomos e de autoorganização que, idealmente, permitem que as cadeias de valor tenham a eficiência da produção em massa mesmo em lotes de tamanho '1'. A Inteligência Artificial (IA) dá exatamente o passo que faltava entre a automatização baseada em regras e a automonitorização de situações. Só ela é capaz de tirar conclusões de forma autónoma a partir de dados históricos e em tempo real a fim de reagir de forma apropriada, precisa e rápida a eventos não planeados. E Automatização baseada em regras no processamento de metais. Matthias Roese, diretor de contas global da Hewlett Packard Enterprise.

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