Informação profissional para a indústria metalomecânica portuguesa
O fim das deficiências na gestão de inventário

Os programas informáticos ajudam os fabricantes a otimizar os inventários de ferramentas e os lucros

26/01/2022

A produtividade é o principal objetivo dos fabricantes e repercute-se nos recursos, na eficiência operacional e nos resultados finais. Apesar disto, continua a negligenciar-se uma importante causa para o desperdício de tempo: a deficiente gestão de inventário. Dispor da ferramenta certa no momento certo é crucial para os fabricantes. Neste texto, Francis Richt, gestor global da área de Maquinagem Digital da Sandvik Coromant, explica como um software de ferramentas especializado pode ajudar os fabricantes a melhorarem os seus inventários e lucros.

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Numa fábrica comum, 20% do tempo dos operadores pode ser gasto a procurar ferramentas, enquanto 15% dos trabalhos são reagendados ou atrasados porque não foi possível encontrar as ferramentas certas. Estas conclusões, baseadas em inquéritos realizados pela Sandvik Coromant junto dos seus clientes, revelam até que ponto uma deficiente gestão de inventário constitui um desperdício de tempo para os fabricantes. Uma gestão de inventário inadequada gera níveis de inventário de alto valor acumulado, a obsolescência de grandes volumes de stock ou ruturas de stock, o que significa o esgotamento do inventário quando uma determinada ferramenta é mais necessária. Outros efeitos incluem a dificuldade em medir o desempenho da ferramenta e maiores custos de gestão do stock e de processamento das encomendas.

O setor do fabrico, em que o tempo é uma preocupação constante, não devia desperdiçar tanto tempo a procurar ferramentas e peças sobresselentes. Então, onde é que os fabricantes estão a falhar na gestão de inventário? Um problema é o facto de a gestão de ferramentas e os sistemas de distribuição de ferramentas continuarem isolados em muitas organizações. Adicionalmente, nestas empresas são os colaboradores humanos que inspecionam e reabastecem os seus armários de ferramentas. Muitos fabricantes têm relutância em adotar a digitalização, porque estão inseguros quanto à forma como a Indústria 4.0 se integrará nos seus processos de trabalho estabelecidos — como o planeamento de recursos da empresa (ERP), o controlo de supervisão e aquisição de dados (Scada) e os sistemas de execução de fabrico (MES) — e será adotada pelos colaboradores da oficina.

A Sandvik Coromant definiu o objetivo de mudar isto no prazo de cinco anos — mas como? Ajudando os clientes a automatizar a sua gestão de inventário através de software. Ao fazê-lo, podem resolver os problemas da deficiente gestão de inventário de formas que ultrapassam a sua relutância em abraçar a digitalização e beneficiando os resultados finais.

Tempos de produção mais rápidos

No seu relatório Digital Factories 2020: Shaping the future of manufacturing (Fábricas digitais 2020: moldar o futuro do fabrico), publicado no ano passado, a Pricewaterhouse Coopers (PwC) salientou que, “os plenos efeitos da digitalização só são obtidos quando as empresas estão ligadas em tempo real aos seus principais fornecedores e clientes cruciais”. Em particular, estão a concretizar isto através da utilização de dispositivos Indústria 4.0, como sensores em linhas de produção e montagem, para recolher dados em tempo real, de modo a melhorar as capacidades analíticas e fortalecer as capacidades de decisão. Tal como com a cadeia de abastecimento, estes princípios que assentam numa melhor recolha de dados também podem aplicar-se à gestão de inventários.

Mas é um desafio, porque a gestão de inventários apresenta muitas facetas. Entre estas, inclui-se a monitorização dos níveis de inventário e saber quando é necessário encomendar novas ferramentas, para assegurar que a produção nunca para. Um exemplo referido no relatório da PwC é a unidade da Fujitsu em Augsburg, Alemanha, que recorre à monitorização automatizada do tempo de armazenamento para otimizar os seus níveis de inventário e evitar ruturas de stock. Segundo o relatório, a unidade dispõe de “instalações de armazenamento intermédio (o seu 'supermercado') e de veículos elétricos autónomos integrados nos seus MES, de forma a assegurar uma entrega de componentes 'just in sequence'.”

Neste caso, a gestão de inventário digitalizada permite à empresa ganhar mais do que tempo: possibilita tempos de produção mais rápidos. Uma melhor gestão de inventário não é exclusiva de grandes multinacionais como a Fujitsu. Com software, pequenos ou médios fabricantes também podem automatizar os seus próprios processos de gestão de inventário multifacetados.

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Adicionar valor aos processos

Têm surgido muitos métodos logísticos de distribuição cuja implementação é gratuita, mas muitos não adicionam qualquer valor ao processo. Em contrapartida, o CoroPlus Tool Supply da Sandvik Coromant foi criado para adicionar valor, através de uma automação mais eficiente e de sustentabilidade baseada em dados e informações.

O CoroPlus Tool Supply combina hardware — especificamente, armazenamento de ferramentas — e software. É fornecido ao cliente um armário de distribuição de ferramentas personalizado, com sistema de gavetas, em conjugação com uma potente plataforma de software. A que pode aceder-se através de um PC ou tablet. O software oferece aos fabricantes uma alternativa à realização manual de todas tarefas e pode evitar que se perca tempo quando não há tempo a perder. O CoroPlus Tool Supply também foi concebido para gerir as muitas facetas da gestão de inventário, como a monitorização dos níveis do inventário, enquanto outra função é a automatização da aquisição de ferramentas.

Uma grande mais-valia do software CoroPlus Tool Supply é a sua função de aquisição automatizada de ferramentas. Através desta, um colaborador humano que registe manualmente o conteúdo de um armário de ferramentas pode contar com o CoroPlus Tool Supply para encomendar e repor o stock de ferramentas automaticamente. O software permite aos colaboradores recolherem e reporem as ferramentas utilizadas na oficina e apoia a gestão do reaprovisionamento e da manutenção contínua do inventário — tudo em tempo real.

Ou seja, humanos e software trabalham juntos na perfeição. Mas, como pode o software ultrapassar a relutância dos fabricantes em abraçar o digital?

Tome melhores decisões

Outro benefício do CoroPlus Tool Supply é o RBUI (Role-Based User Interfaces - interfaces de utilizador baseados na função). Os RBUI também são a mais recente tendência no software ERP, permitindo aos colaboradores que executam repetidamente as mesmas tarefas acederem mais facilmente às aplicações que utilizam com mais frequência. Isto pode ser crucial para conquistar a adesão dos colaboradores na oficina. A plataforma CoroPlus Tool Supply inclui conectividade de dados das ferramentas de corte, através da oferta CoroPlus. Estabelece ligação com bases de dados de produtos de múltiplos fornecedores e permite importar as informações de ferramentas corretas, incluindo parâmetros ISO, listas de material e peças sobresselentes. Juntamente com o software CoroPlus Tool Supply, a Sandvik Coromant também pode fornecer os armários para armazenar as ferramentas.

Os nossos especialistas consideram a automação como parte integral do melhoramento da eficiência e sustentabilidade dos nossos clientes. Afinal, um aspeto essencial da sustentabilidade, sobretudo no que diz respeito à eficiência energética, é poder analisar e prever a utilização de recursos, incluindo o inventário de ferramentas. Enquanto a Indústria 4.0 beneficia a sustentabilidade na linha de produção, com sensores e outros dispositivos, o CoroPlus Tool Supply pode fazer o mesmo com os inventários, para assegurar que são utilizados eficazmente em termos de tempo, custo e energia.

De facto, ao longo dos próximos anos, prevemos que software como o CoroPlus Tool Supply passe a integrar o processo de tomada de decisões ao longo de todo o processo de fabrico. Um exemplo é o planeamento da maquinagem de um novo componente, em que o software o ajuda a decidir qual a ferramenta a utilizar. Outro cenário é o software estar mais ligado à máquina e ao âmbito do trabalho. Digamos que planeia maquinar 50 ou 100 componentes: dispõe de ferramentas suficientes, vão gastar-se ou consegue terminar o seu trabalho com as ferramentas que tem em inventário?

Acreditamos firmemente que este tipo de automação vai ocorrer nos próximos anos. Mas, hoje, os fabricantes já podem utilizar software para assegurar que a produtividade é o seu principal objetivo.

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